sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

traira

A Traíra,
Hoplias malabaricus


Uma espécie que caça de emboscada.  Prefere águas paradas (lênticas),
dando-se muito bem em lagos e açudes, mas está presente nos rios com constância,
situando-se predominantemente nos remansos deste.
Tem o corpo cilíndrico e alongado, como um torpedo.
Apresenta cor discreta, podendo, em função de fatores ambientais,
o mesmo indivíduo alterar significativamente o tom desde o bem claro como areia,
até um chumbo bastante escuro e marmoreado,
ficando especialmente clara quando em ambientes ensolarados e com areia clara ao fundo.
Algumas variedades geográficas apresentam olhos lindamente verdes,
outras vermelhos, outras ainda, cinzentos ou indistintos, etc.


Comportamento reprodutivo

O gênero Hoplias, apresenta uma reprodução parcelada, ou seja,
faz várias pequenas desovas na temporada reprodutiva.
Para tal, os "nubentes" procuram ou constroem em baixios,
alguma pequena depressão de uns 20 cm, onde a fêmea deposita seus ovos,
enquanto os macho os fertiliza, e fica cuidando por alguns poucos dias,
até que eclodam e se evadam espalhadamente para a vegetação.
Durante a ronda ao ninho,
algum destemido macho poderá até morder o pé, perna, mão, etc.,
de alguém, e possivelmente de algum animal pequeno que pisar nas proximidades.

Este é um grupo de peixes,
que pode ter seus ovos transportados involuntariamente pelas aves aquáticas,
por eventualmente ficarem aderidos às suas penas, patas e bicos,
o que explicaria seu comum surgimento em açudes isolados onde não foram colocados.


Comportamento alimentar

Pode caçar o dia todo, mas prefere horários crepusculares, sobretudo ao anoitecer.
Quando uma possível presa se aproxima de sua área de alcance,
que geralmente á inferior à um metro, a traíra ataca partindo de quase total imobilidade,
dando um bote fulminante, absolutamente explosivo.

Sua grande e forte boca, dotada de pontiagudíssimos dentes,
agarra e mantém fortemente apertada e presa a sua vítima.
Engole inteiro, mas podendo demorar muitos minutos neste processo, se sua vítima for grande.
Ela normalmente ataca presas que lhe cabem longitudinalmente na boca,
não importando seu comprimento.
Por esta regra, uma traíra pode comer outra com a metade do seu tamanho, ou até mais.

Ela regula sua bexiga natatória para pairar imóvel no meio da massa d'água, com grande precisão
mas geralmente fica apoiada em meio à vegetação aquática,
próxima a barrancos, ou quase encostadas sob galhos submersos.

Ao anoitecer, costuma caçar movendo-se lentamente pelas margens e baixios,
à procura de pequenos peixes e anfíbios.

sábado, 24 de setembro de 2011

jiboia

As Jibóias são serpentes de médio a grande porte, podendo chegar a 4m de comprimento. Seu corpo é cilindríco, ligeiramente comprimido nas laterais, evidenciando sua forte musculatura constritora.
Alimentam-se basicamente de aves e de pequenos e médios mamíferos, que matam por constrição. Sua pupila vertical as caracteriza como animais noturnos, embora a prática mostre que possuem também atividades diurnas. Podem ter até 50 filhotes que nascem entre novembro e fevereiro, já totalmente formados, sendo portanto uma espécie vivípara (ou ovípara dependendo do autor).
Existe muito folclore em torno das jibóias. Em algumas regiões do Brasil, sua cabeça é cortada e usada como colar, com a finalidade de "fechar o corpo", protegendo o indivíduo contra uma série de males e "maus olhados". O famoso "Bafo de Jibóia" que popularmente causa manchas e feridas na pele, nada mais é que uma estratégia de defesa, onde a serpente expulsa o ar dos pulmões, produzindo um som característico; essa reação vem, muitas vezes, acompanhada do "bote".
No Brasil consideram-se duas subespécies; Boa constrictor constrictor Forcart, 1960, de grande porte, coloração amarelada e pouco agressiva, distribuindo-se pela região amazônica e pelo nordeste; e Boa constrictor amarali Stull, 1932, de menor porte, mais escura (acinzentada), mais agressiva, distribuindo-se do centro-oeste para o sul.